SOU POMBA GIRA




Sou uma rosa,sou um perfume,sou a mais
bela de qualquer jardim.
Ouço lamentos, ouço queixumes.
Não há mulher que não vem até mim.
Sei seduzir, me deixo seguir.
A palavra difícil pra mim nao existe
De preto e vermelho ,ou sem me vestir, homem algum
algum a mim não resiste.
Bebo champanhe, fumo cigarro.
Digo mil coisa sem nunca falar,sei ler
na mão, o jogo e o baralho.
A mim só me engana,
quem eu deixar.
Se alguém precisar e queirer me encontrar,
siga o perfume,
em noite de luar.
Diga o meu nome sem se enganar,
sou
pomba gira, a rua é meu lar.

autor: PauloLourenço


ELA VEM CAMINHANDO

Photo: Ela vem caminhando num cruzeiro; Ela dançando, vestida de vermelho. Ela é a pombagira! ela é rosa de amor! Rosa vermelha, rosa vermelha sagrada!... É a pombagira girando nas sete encruzilhadas. E vai girando sob o clarão da lua. Rosa vermelha: a pombagira Das sete encruzilhadas. Bonita rosa da encruzilhada; Bonita rosa que vem chegando de madrugada.


Ela vem caminhando num cruzeiro;
Ela dançando, vestida de vermelho.
Ela é a pombagira! ela é rosa de amor!
Rosa vermelha, rosa vermelha sagrada!...
É a pombagira girando nas sete encruzilhadas.
E vai girando sob o clarão da lua.
Rosa vermelha: a pombagira
Das sete encruzilhadas.
Bonita rosa da encruzilhada;
Bonita rosa que vem chegando de madrugada.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

QUE FORÇA DO MEDO....

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
Oswaldo Montenegro

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