SOU POMBA GIRA




Sou uma rosa,sou um perfume,sou a mais
bela de qualquer jardim.
Ouço lamentos, ouço queixumes.
Não há mulher que não vem até mim.
Sei seduzir, me deixo seguir.
A palavra difícil pra mim nao existe
De preto e vermelho ,ou sem me vestir, homem algum
algum a mim não resiste.
Bebo champanhe, fumo cigarro.
Digo mil coisa sem nunca falar,sei ler
na mão, o jogo e o baralho.
A mim só me engana,
quem eu deixar.
Se alguém precisar e queirer me encontrar,
siga o perfume,
em noite de luar.
Diga o meu nome sem se enganar,
sou
pomba gira, a rua é meu lar.

autor: PauloLourenço


ELA VEM CAMINHANDO

Photo: Ela vem caminhando num cruzeiro; Ela dançando, vestida de vermelho. Ela é a pombagira! ela é rosa de amor! Rosa vermelha, rosa vermelha sagrada!... É a pombagira girando nas sete encruzilhadas. E vai girando sob o clarão da lua. Rosa vermelha: a pombagira Das sete encruzilhadas. Bonita rosa da encruzilhada; Bonita rosa que vem chegando de madrugada.


Ela vem caminhando num cruzeiro;
Ela dançando, vestida de vermelho.
Ela é a pombagira! ela é rosa de amor!
Rosa vermelha, rosa vermelha sagrada!...
É a pombagira girando nas sete encruzilhadas.
E vai girando sob o clarão da lua.
Rosa vermelha: a pombagira
Das sete encruzilhadas.
Bonita rosa da encruzilhada;
Bonita rosa que vem chegando de madrugada.

sábado, 25 de maio de 2013

LENDA DE MARIA MOLAMBO



MARIA MOLAMBO

 Sua lenda diz que Maria Mulambo
nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas
faziam parte da corte no pequeno reinado.
Maria cresceu sempre
bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de
princesinha, mas não o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo
rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.
Foi um casamento sem
amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os
anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um outro
sucessor ao trono. Maria amargava a dor de, além de manter um casamento
sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda
mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.
Paralelamente
a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade,
indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e
necessitados.
Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um
jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e
tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à
primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha
coragem de aceitar esse amor.
O rei morreu, o príncipe foi coroado e
Maria declarada rainha daquele pequeno país. O povo adorava Maria, mas
alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder
engravidar.
 No dia da coroação os pobres súditos
não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então
fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa
Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao
castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras
que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria
com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.
Mesmo
machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a
caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas,
resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem
realmente seu grande amor. 


 Combinaram tudo. Os pais do rapaz
tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele
pudesse reconstruir a família.
Maria fugiu com seu amor apenas com a
roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás. O rei no princípio
mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu.
Maria agora
não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de
tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou.
A
notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se
desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A
loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele
achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua
honra. 

 Mandou seus guardas prenderem Maria,
que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche
mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas
que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte
mais funda do rio.
O povo não soube, somente os guardas; só que 7
dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta,
começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio
somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora
d'água.
Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo
de Maria; e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na
água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos
com que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias
cobriam seu corpo.
Velaram seu corpo inerte e, como era de costume,
fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei
enlouqueceu.
Seu amado nunca mais se casou

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