SOU POMBA GIRA




Sou uma rosa,sou um perfume,sou a mais
bela de qualquer jardim.
Ouço lamentos, ouço queixumes.
Não há mulher que não vem até mim.
Sei seduzir, me deixo seguir.
A palavra difícil pra mim nao existe
De preto e vermelho ,ou sem me vestir, homem algum
algum a mim não resiste.
Bebo champanhe, fumo cigarro.
Digo mil coisa sem nunca falar,sei ler
na mão, o jogo e o baralho.
A mim só me engana,
quem eu deixar.
Se alguém precisar e queirer me encontrar,
siga o perfume,
em noite de luar.
Diga o meu nome sem se enganar,
sou
pomba gira, a rua é meu lar.

autor: PauloLourenço


ELA VEM CAMINHANDO

Photo: Ela vem caminhando num cruzeiro; Ela dançando, vestida de vermelho. Ela é a pombagira! ela é rosa de amor! Rosa vermelha, rosa vermelha sagrada!... É a pombagira girando nas sete encruzilhadas. E vai girando sob o clarão da lua. Rosa vermelha: a pombagira Das sete encruzilhadas. Bonita rosa da encruzilhada; Bonita rosa que vem chegando de madrugada.


Ela vem caminhando num cruzeiro;
Ela dançando, vestida de vermelho.
Ela é a pombagira! ela é rosa de amor!
Rosa vermelha, rosa vermelha sagrada!...
É a pombagira girando nas sete encruzilhadas.
E vai girando sob o clarão da lua.
Rosa vermelha: a pombagira
Das sete encruzilhadas.
Bonita rosa da encruzilhada;
Bonita rosa que vem chegando de madrugada.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

SEJA SIMPLES E DESFRUTE DA VIDA

 
 
 

Seja simples e desfrute a vida!

por Flávio Bastos
"A verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica". (Saint-Exupéry)

Simplicidade nos remete à leveza, à naturalidade da vida representada como um processo de aprendizados e evolução para o espírito imortal. Neste contexto, ser simples é eleger sentimentos nobres como legítimos companheiros de jornada e libertar-se de sentimentos negativos que pesam na bagagem existencial.

Sábio é aquele que vê o que o outro não aprendeu a ver, mas nem por isso se considera um sábio, e sim, um aprendiz entre tantos que retornam para uma nova oportunidade no educandário da vida.

Há milênios, sem ter plena consciência do que acontece consigo, o ser humano carrega o pesado fardo de sua própria história, repleta de acontecimentos onde o orgulho, o egoísmo e a prepotência deixaram as suas marcas registradas em seu periespírito, ou seja, energias pesadas que comprometem o seu bem-viver em função de dívidas acumuladas com o próprio passado.

Este "peso existencial" do espírito reflete-se em desequilíbrios do corpo físico e da mente, que em muitos casos, são acompanhados por processos obsessivos de natureza espiritual. Por isso, por mais que a ciência tente tratar as patologias e psicopatologias, enquanto não se aprofundar nas verdadeiras causas que levam o indivíduo a sofrer, permanecerá perdida no labirinto que separa a realidade física da dimensão que transcende a matéria.

Somos seres espirituais em trânsito pelo planeta Terra. Experiência que revela, no seu final, o que fizemos em prol de si mesmo, do outrem e do mundo no qual vivemos. De nada adianta ocultarmos uma face, se a vida revela-se transparente diante do universo. Clara e límpida como as águas de um regato que mostra o seu fundo à luz do sol.

Portanto, ser simples é aceitar a vida como ela se apresenta diante de nossos olhos, isto é, sem máscaras que escondem intenções não manifestas, responsáveis pelo lado oculto e doentio da natureza humana.

Quando optamos pela transparência de intenções, erradicamos, gradualmente, a energia da dor e do sofrimento em nossas vidas. Processo, que ao longo do tempo, liberta o indivíduo do cativeiro de si mesmo.

A crise de valores que padece a sociedade moderna mostra o seu lado positivo, à medida que expõe as feridas causadas pela cultura materialista que consome mentes e corações sem oportunizar a que o indivíduo reflita sobre os excessos do consumismo e do competitivismo como forma de alienação de si mesmo em relação a outros valores implícitos no contexto vital.

No entanto, a crise de valores que atinge, principalmente, o mundo ocidental, vem acompanhada da Era da Sensibilidade que convida o habitante da Terra a rever conceitos, valores e sentimentos.

Seu recado: ser simples e desfrutar a vida de uma forma cristalina, sem medo de amar incondicionalmente, pois o senso de responsabilidade é algo que conecta o indivíduo ao outrem numa rede de solidariedade que transforma a sociedade pelo ideal do bem-comum.

É tempo de observar a vida com os olhos da simplicidade e captar ângulos jamais vistos pela sensorialidade comum. É tempo de expandir a consciência e libertar-se do egocentrismo que nos prende à crostra terrestre, impedindo que o aprendizado penetre no conhecimento de si mesmo em perfeita comunhão com o universo.

É tempo de desvincular o homem de conquistas forjadas a ferro, sangue e fogo. De promover a fé religiosa às custas da ingenuidade que alimenta a indústria das segundas e terceiras intenções.

É tempo de encarar o presente sem medo dos enfrentamentos e descobertas que teremos na senda do progresso, porque não quebramos paradigmas sem a vontade e a determinação individual de seguir em frente e superar os obstáculos encontrados pelo caminho.

Ser simples é desfrutar a vida pelo ângulo da transparência de intenções. Condição do indivíduo desapegado de interesses egoicos associados às ilusões do materialismo.

Ser simples é ver o outro como a si mesmo, livre do estigma do preconceito e da discriminação, que inúmeras guerras e perseguições promoveu ao longo do processo histórico da humanidade.

Ser simples é abdicar do orgulho como um rei abdica de seu trono, como fez Jesus Cristo ao revelar ao homem, que além das riquezas materiais que brilham e seduzem, existe algo mais grandioso. Porém, simples e naturalmente iluminado: o caminho da verdade.
 

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