A
instituição se ergue, em um bairro, na periferia de grande cidade do
nosso Brasil. Portando o adjetivo espírita, realiza nobre trabalho de
esclarecimento das criaturas.
Desde há mais de seis décadas, se dedica ao atendimento a moradores de rua e de comunidades carentes, que a circundam.
Conscientes
de que o bem deve se fazer na vida das criaturas, liberando-as das suas
necessidades básicas, desde cedo os trabalhadores se empenham em
ilustrar as mentes, em promover as criaturas, a fim de que andem com
seus próprios pés e alcancem vitórias por seus méritos.
Por
causa disso, a instituição, em observando que muitas das senhoras
assistidas eram analfabetas, estabeleceu, como uma de suas metas,
erradicar o analfabetismo daquelas localidades.
E,
assim, aquelas mulheres que ali comparecem para trazer seus filhos para
a evangelização, para receberem o atendimento médico e odontológico, a
cesta de mantimentos, a palavra do Evangelho, passaram igualmente, a
serem alfabetizadas.
Uma
das senhoras, casada há vários anos, encantou-se com o significado
daqueles sinais que, reunidos, formavam palavras e frases.
O aprendizado foi rápido, pelo grande interesse demonstrado. E, então, aconteceu o inusitado.
Ela
passou a ler os bilhetes que sempre estavam no bolso do marido. Sempre
lhe afirmava ele que eram anotações referentes ao seu trabalho.
Mas,
agora, ela os podia ler e se deu conta de que eram bilhetes de amor, a
ele dirigidos. Eram bilhetes que falavam de encontros e de mais
encontros.
Ela
descobrira, graças às letras não mais ignoradas, que seu marido a
traía. As consequências dessa descoberta não nos interessa assinalar,
mas o fato em si, que fala da libertação da ignorância.
Não foi por outro motivo que o Excelso Mestre de Nazaré disse um dia: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
Referia-Se ao conhecimento das leis físicas, das leis espirituais, de tudo que nos rodeia no mundo e além das suas fronteiras.
Quanto
mais crescemos em conhecimento, mais nos libertamos. A ignorância
sempre aprisiona a criatura a situações, a pessoas, a fatos.
Quando desvenda os mistérios das letras, a criatura se torna livre para conhecer os mistérios que trazem os livros.
Antes
de tudo, se torna livre para ler os letreiros de ônibus, de ruas, de
instituições, podendo se movimentar de forma independente.
Pode
ter acesso às leis e conhecer os seus direitos. Pode ler, na própria
Constituição, o que o país em que vive, através da Carta Magna, lhe
garante.
Da mesma forma, terá acesso às informações dos deveres que lhe competem, enquanto cidadão.
E
será livre. Livre para trabalhar, estudar, crescer, ir e vir. Sabendo o
que pode e o que deve fazer. O que lhe é permitido e o que lhe é
interdito.
Livre para progredir, ilustrando-se por si mesma, no próprio ritmo, determinado por sua vontade e disposição.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 06.04.2011
Em 06.04.2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário